|  | 
| A liderança moderna se constrói com escuta, empatia e propósito Imagem: IA | 
O gerente regional do Sebrae/PR, Michael Douglas Camilo, destaca que o líder moderno deve unir empatia, escuta ativa e coerência para inspirar pessoas e alcançar resultados sustentáveis
As transformações nas empresas e instituições nos últimos anos deixaram claro que a liderança tradicional, centrada no controle e na hierarquia, já não é suficiente para lidar com as demandas atuais. Hoje, o líder precisa inspirar, ouvir e conectar pessoas em torno de um propósito comum. É o que defende o gerente regional do Sebrae/PR, Michael Douglas Camilo, ao falar sobre o papel do líder moderno e os desafios de liderar em um ambiente marcado pela mudança constante.
Segundo Michael, a diferença entre um chefe e um verdadeiro líder é profunda. “O chefe é aquele que ocupa uma posição formal dentro da hierarquia e tem autoridade para delegar tarefas e cobrar resultados. Já o líder é alguém que conquista respeito e legitimidade pela coerência entre o que fala e o que faz. A chefia pode ser nomeada, mas a liderança precisa ser reconhecida”.
No contexto das pequenas equipes, o papel do líder se torna ainda mais relevante. “Em grupos menores, cada atitude tem um impacto direto sobre o clima, a motivação e a produtividade. Por isso, a coerência comportamental é observada o tempo todo”, explica Michael.
Segundo ele, desenvolver habilidades de liderança exige autoconhecimento, escuta e intencionalidade. “O primeiro passo é entender o próprio estilo de liderança e reconhecer pontos fortes e fragilidades. A partir disso, é possível trabalhar competências como comunicação assertiva, empatia, visão estratégica e capacidade de decisão.”
Outro ponto central na liderança contemporânea é a empatia, que se tornou uma das competências mais valorizadas nas organizações. “A liderança atual deixou de ser centrada na figura de quem ‘sabe tudo’. Hoje, o líder precisa compreender as pessoas, suas emoções, limitações e motivações. A empatia permite enxergar o outro sem perder o foco nos resultados”, afirma.
Nas situações de crise, o papel do líder se torna ainda mais evidente. “É na crise que a liderança se revela. É quando o líder precisa transmitir segurança, comunicar com clareza e manter o foco no essencial”, diz Michael. Ele ressalta que a transparência é indispensável nesses momentos. “As pessoas precisam saber o que está acontecendo e de que forma podem contribuir. O silêncio gera incerteza e desconfiança”.
Além disso, o líder deve valorizar a colaboração e reconhecer o esforço coletivo. “Ninguém enfrenta uma crise sozinho. Saber dividir responsabilidades e mobilizar o potencial da equipe é o que transforma dificuldades em oportunidades de aprendizado e crescimento. E, ao final, é fundamental refletir sobre o que foi aprendido e como a experiência fortaleceu a organização”, finaliza.
