Revista Comunique

Guarapuava avança no desenvolvimento tecnológico e na inovação colaborativa

Equipe de profissionais da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação

Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação articula mais de 80 instituições, enquanto a Secretaria Municipal de Inovação lidera a governança pública

Guarapuava tem avançado de forma estruturada na consolidação de um ecossistema de inovação colaborativo, inclusivo e estratégico. Desde 2019, esse ambiente é articulado pelo Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação, que hoje reúne mais de 80 instituições, entre universidades, empresas, entidades públicas e privadas. A proposta é clara: transformar Guarapuava por meio da ciência, da tecnologia e da inovação.

Segundo a secretária municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ana Cláudia Klosouski de Andrade, o Fórum surgiu da necessidade de integrar ações que aconteciam de forma isolada. Com o novo modelo, foi possível construir coletivamente um planejamento estratégico até 2035, com metas, indicadores e ações articuladas. “A inovação é compreendida em sua forma mais ampla, não apenas tecnológica, mas também voltada à melhoria de processos, atendimento, gestão pública, inclusão digital e geração de emprego e renda”, explica a também presidente do Fórum.

Uma das reuniões do Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação
Imagem: Divulgação

A Secretaria, criada para fortalecer essa governança, atua como catalisadora, promovendo políticas públicas, eventos, estudos, missões técnicas e a articulação de recursos. Recentemente, foram instituídos o Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação e o Fundo Municipal de Inovação — marcos importantes para o avanço institucional e financeiro do ecossistema. O poder público desempenha um papel essencial na maturação do sistema, fornecendo apoio estratégico, infraestrutura e legitimidade para que as ações saiam do papel e gerem resultados mensuráveis.

Entre os projetos em andamento, destaca-se a construção do Centro de Inovação, previsto para ser inaugurado em outubro de 2025, durante a Semana de Inovação. O espaço será um ambiente de formação e estímulo ao empreendedorismo, com coworking gratuito, estúdios criativos, cursos, mentorias e atividades de inclusão tecnológica, voltado desde crianças da rede municipal até startups locais. “Será um espaço que materializa o que estamos construindo com o ecossistema: inovação como meio de transformação social e desenvolvimento humano”, afirma Ana.

A cidade também está desenvolvendo o programa Guarapuava Cidade Inteligente, com foco em tecnologias que conectam pessoas, otimizam a gestão urbana e ampliam a participação social.

A proposta envolve desde sistemas de compras públicas mais eficientes até a modernização da infraestrutura urbana, com semáforos, sensores e câmeras inteligentes, promovendo mobilidade, segurança e sustentabilidade. “Estamos implementando soluções tecnológicas que fazem sentido para a realidade local, com governança intersetorial e foco no cidadão”, pontua a secretária.

De acordo com Ana Cláudia, o Fórum também tem se destacado por promover a participação feminina e a inclusão de novos públicos no ambiente da inovação. Atualmente, 67% dos participantes ativos são mulheres, o que demonstra uma transformação cultural em andamento.

A resistência inicial à inovação — comum em contextos de mudança — deu lugar ao engajamento crescente da sociedade, especialmente após os primeiros resultados concretos. Segundo Ana, os indicadores já apontam para maior maturidade do ecossistema, aumento na captação de recursos, fortalecimento de parcerias e impacto real nas políticas públicas locais.

Outro agente estratégico é o Cilla Tech Park (CTP), que integra o ecossistema com ações em educação empreendedora, projetos de inovação aplicada, certificações e a rede de espaços maker. O parque tecnológico atua também como ponte entre Guarapuava e outras regiões, ampliando o alcance das ações de inovação e promovendo intercâmbio de conhecimento.

Para a secretária Ana, o avanço de Guarapuava nessa agenda não é fruto de ações pontuais, mas de uma construção coletiva, persistente e com propósito. “Nós acreditamos na ciência e na inovação como instrumentos de justiça social. É isso que nos move: construir, em conjunto, um município mais humano, inteligente e sustentável”, conclui.


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