Revista Comunique

Cultivo de morango impulsiona renda e inovação na agricultura familiar em Inácio Martins

 
Atualmente 15 produtores cultivam morango em suas propriedades rurais

Com foco em tecnologia, produtividade e organização, município se destaca no cultivo semi-hidropônico de morango

O cultivo de morango em sistema protegido vem crescendo em Inácio Martins, impulsionado pelo clima ameno, altitude acima de 1.200 metros e pela adoção de tecnologias acessíveis à agricultura familiar. A principal técnica utilizada é o cultivo semi-hidropônico em substrato, com bancadas suspensas dentro de estufas.

Segundo a engenheira agrônoma Paola Milena Pereira, essa tecnologia permite maior controle fitossanitário, melhor uso da irrigação e colheita de frutos com mais qualidade visual e sabor. As cultivares Albion e San Andreas, ambas do grupo dia neutro, garantem alta produtividade e fornecimento contínuo ao mercado.

Engenheira agrônoma Paola Milena Pereira

A produtora Milena Wrublesvski é exemplo de sucesso. Após capacitação do SENAR, investiu em quatro estufas e 10 mil mudas. Hoje, o morango é sua principal fonte de renda. Durante o verão, chega a colher 200 quilos por semana, com vendas para mercados locais e regionais, onde o quilo pode alcançar R$ 25. Parte da produção é congelada como estratégia de aproveitamento.

Produtora de morangos  Milena Wrublesvski


A expansão do cultivo no município conta com o apoio do IDR, SENAR, Secretaria de Agricultura e agentes financeiros. Atualmente, cerca de 15 produtores familiares respondem por mais de 100 toneladas por ano. No entanto, o escoamento da produção ainda é um desafio, feito de forma individual ou por atravessadores, o que reduz a lucratividade.

A agregação de valor por meio de derivados como geleias, doces e polpas é uma alternativa viável. Além disso, o turismo rural com atividades como “colha e pague” tem potencial para diversificar a renda dos produtores.

A prefeitura mapeia a cadeia produtiva e já apoia com terraplanagem, capacitação e articulação de crédito. “Os resultados têm surpreendido, com práticas locais que geram produtividade acima da média”, afirma o secretário Marcos Aurélio Pereira.

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